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PIX Internacional: como enviar e receber dinheiro do exterior via Pix

Atualizado: há 2 dias


Ilustração representando uma transação de dinheiro internacional com ícones do Pix e do globo terrestre, simbolizando o envio e recebimento de valores do exterior em tempo real.

Desde que foi lançado em 2020 pelo Banco Central, o PIX revolucionou a forma como os brasileiros lidam com o dinheiro. Rápido, gratuito e disponível 24 horas por dia, o sistema de pagamentos instantâneos conquistou milhões de usuários e virou parte da rotina financeira do país.


Mas o que muitos ainda não sabem é que, recentemente, o PIX começou a dar um passo além das fronteiras: agora também é possível enviar e receber dinheiro do exterior usando o PIX — de forma simples, segura e cada vez mais acessível.


Essa evolução, conhecida como PIX Internacional, está mudando a vida de quem precisa fazer transações entre países, seja por motivos pessoais ou profissionais. Brasileiros que moram fora, familiares que recebem ajuda financeira, pequenos empresários que vendem para clientes no exterior, freelancers, nômades digitais e até viajantes já começam a se beneficiar dessa nova possibilidade. E a tendência é crescer.


Por isso, neste guia completo e atualizado, você vai entender como funciona o PIX Internacional: como enviar e receber dinheiro do exterior via Pix, quais são as plataformas que já oferecem essa opção (como a Wise, por exemplo), quais cuidados tomar, quais as vantagens em relação às formas tradicionais de envio e o que esperar do futuro dessa inovação.


Se você busca praticidade, agilidade e economia nas suas transferências internacionais, este artigo é para você. Vamos juntos descobrir como aproveitar tudo o que o PIX pode oferecer — dentro e fora do Brasil.



O que é PIX Internacional


O PIX Internacional é uma extensão do sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, voltada para viabilizar transferências financeiras entre o Brasil e outros países, utilizando a mesma lógica de praticidade, velocidade e baixo custo que tornou o PIX nacional tão popular.


A diferença é que, neste caso, a transação envolve moedas diferentes, e um intermediário autorizado é responsável por fazer a conversão cambial e concluir o envio ou recebimento.

Ao contrário do que muitos pensam, o Banco Central ainda não lançou uma versão oficial do PIX internacional entre bancos centrais (como parte do projeto internacional Drex ou de um sistema multilateral com outros países).


O que existe hoje são integrações entre empresas financeiras (como fintechs e bancos digitais) que operam no Brasil e no exterior, permitindo que o usuário envie ou receba valores em reais usando o PIX como meio de liquidação local, mesmo que a transação tenha origem ou destino fora do país.


Diferenças entre PIX doméstico e PIX Internacional


A principal diferença entre o PIX doméstico e o PIX Internacional está na abrangência geográfica e na conversão de moeda:


No PIX doméstico, o envio é feito entre contas brasileiras, sempre em reais (BRL), sem necessidade de conversão ou intermediários estrangeiros.

No PIX Internacional, uma das pontas da transação está em outro país e, por isso, envolve câmbio. A transação é mediada por empresas como Wise, Remessa Online, PayPal e Mercado Pago, que atuam como pontes entre moedas diferentes (ex: USD/BRL, EUR/BRL) e fazem a conversão automaticamente.


Além disso, no caso internacional, a transação não é feita diretamente entre contas PIX de países diferentes, mas sim entre uma conta estrangeira e uma conta brasileira com chave PIX — o PIX entra como o mecanismo final de pagamento no Brasil.


Requisitos legais e regulamentação do Banco Central


O Banco Central do Brasil ainda não regulamentou um sistema oficial de interoperabilidade do PIX com bancos centrais estrangeiros, mas autoriza e fiscaliza empresas que operam no segmento de remessas internacionais, como é o caso da Wise (Transfer Wise), Remessa Online e outras fintechs autorizadas a operar como correspondentes cambiais ou instituições de pagamento.


Essas empresas atuam com base em normas de câmbio, prevenção à lavagem de dinheiro e proteção ao consumidor, e precisam seguir diretrizes rigorosas, como:


Autorização para operar câmbio junto ao Banco Central;

Identificação do cliente (KYC - Know Your Customer);

Relatórios de transações internacionais enviados aos órgãos reguladores;

Conversão cambial transparente, com cotação informada antes da confirmação da operação.


Portanto, embora o PIX Internacional ainda funcione via acordos entre empresas privadas, ele opera dentro da legalidade e sob regulação brasileira. A promessa é que, no futuro, o Banco Central avance com iniciativas de interoperabilidade entre sistemas de pagamento de diferentes países, o que pode tornar esse processo ainda mais fluido.


Limites de valor, prazos e tipos de câmbio aplicados

Diferente do PIX doméstico, cujos limites e prazos são definidos pelos próprios bancos e pelo usuário, o PIX Internacional depende das políticas internas da empresa intermediadora e da legislação cambial vigente. Veja os principais pontos:


Limites de valor: variam conforme o perfil do cliente, o país de origem/destino e o parceiro escolhido. Por exemplo, na Wise, é possível enviar de valores baixos (R$ 50,00) até mais de R$ 100 mil, dependendo da conta e da finalidade.


Prazos: muitas transações são liquidadas em minutos ou poucas horas, mas podem levar até 2 dias úteis, dependendo do país de origem, moeda e método de pagamento.


Câmbio aplicado: as empresas normalmente usam o câmbio comercial, com uma pequena margem de lucro (spread). Algumas, como a Wise, se destacam por usar o câmbio real do mercado, sem ágio oculto, o que torna o processo mais transparente e vantajoso do que os tradicionais serviços bancários.


Por isso, ao usar o PIX para enviar ou receber dinheiro do exterior, é essencial comparar os custos e prazos entre as diferentes plataformas, entender como o câmbio é calculado e verificar a segurança e reputação da empresa intermediadora.



Vantagens e desvantagens do PIX Internacional


O avanço do PIX Internacional representa um marco para quem busca mais agilidade, economia e praticidade ao realizar transferências de dinheiro entre o Brasil e o exterior. No entanto, como qualquer inovação, ele também traz alguns pontos que merecem atenção. Nesta seção, vamos explorar as principais vantagens e desvantagens do PIX Internacional, para que você possa decidir com clareza se essa é a melhor solução para sua necessidade.


Velocidade e conveniência


Uma das maiores promessas do PIX Internacional é a rapidez. Diferente dos métodos tradicionais de envio de dinheiro para o exterior, que costumam levar de 2 a 5 dias úteis (como é o caso da rede SWIFT usada pelos bancos), o PIX permite que o dinheiro esteja disponível na conta do destinatário brasileiro em questão de minutos — isso porque, mesmo que a origem seja uma conta estrangeira, a liquidação final ocorre via PIX no Brasil.


Além da velocidade, o sistema também oferece conveniência:

É possível iniciar a transação via aplicativos simples e intuitivos, como o da Wise ou da Remessa Online;

O envio pode ser feito a qualquer hora do dia, inclusive fins de semana e feriados;

Não é necessário conhecer dados bancários complexos do destinatário. Basta a chave PIX da pessoa (CPF, e-mail ou telefone).


Essa facilidade faz com que o PIX Internacional seja ideal para quem precisa enviar dinheiro com urgência, como em casos de suporte a familiares, freelancers recebendo por projetos ou empreendedores lidando com fornecedores ou parceiros no Brasil.


Custos comparados a remessas tradicionais (TED, SWIFT)


Outro diferencial que coloca o PIX Internacional em destaque é o custo reduzido. Os sistemas tradicionais de remessa internacional, como TED internacional via bancos ou transferências pela rede SWIFT, costumam cobrar:


Tarifas fixas elevadas (R$ 50 a R$ 150 por operação);

Spread cambial alto, com margens de lucro de até 7%;

Custos ocultos, como taxas de bancos intermediários e tarifas de recebimento.


Já plataformas que usam o PIX como forma de liquidação no Brasil oferecem modelos bem mais competitivos:


A Wise, por exemplo, não cobra tarifas ocultas e usa a cotação real do câmbio comercial, com um pequeno percentual de taxa operacional (geralmente abaixo de 1%);

O Mercado Pago e outras fintechs estão seguindo a mesma lógica, com custos visivelmente mais baixos e transparência na simulação.

Para quem envia dinheiro com frequência ou em pequenos valores, a economia pode ser significativa.


Segurança, compliance e cobertura geográfica


O uso do PIX Internacional através de instituições autorizadas garante alto padrão de segurança e conformidade legal. As principais plataformas são reguladas pelo Banco Central do Brasil, e também por órgãos equivalentes no exterior (como a FCA no Reino Unido e a FinCEN nos EUA).


Isso significa que:

Os dados do usuário são protegidos com criptografia e autenticação em dois fatores;

As transações passam por sistemas de verificação antifraude;

Há rastreabilidade total da operação, desde a origem até o destino.


No entanto, a cobertura geográfica ainda não é 100% global. A maioria das plataformas opera com foco nos países mais demandados, como:


Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, países da União Europeia e Japão;

Algumas regiões da América Latina e da Ásia.


Portanto, é importante verificar se o país de origem ou destino da sua transferência é suportado pela plataforma que você pretende usar.


Pontos de atenção e restrições


Apesar de suas vantagens, o PIX Internacional ainda possui algumas limitações que merecem atenção:


A transação não é de PIX para PIX entre países diferentes — ela envolve uma conversão cambial e um intermediário.


O PIX não é aceito como forma de pagamento em todos os países — ele serve apenas como o “meio final” de recebimento ou envio no Brasil.


Em alguns casos, pode ser exigida comprovação da origem dos recursos ou justificativa da transferência (especialmente valores acima de R$ 10 mil);

Dependendo da plataforma, limites diários ou mensais podem restringir o valor das remessas.


Ainda há dependência de empresas terceiras para viabilizar o serviço — o Banco Central ainda não criou uma infraestrutura de integração oficial entre sistemas de pagamento internacionais.


Por isso, embora seja uma solução prática, o PIX Internacional não substitui completamente as opções tradicionais em todos os casos, especialmente para empresas que operam com grandes volumes ou países com pouca integração financeira.



Principais provedores de PIX Internacional


Com a expansão do uso do PIX Internacional, algumas plataformas saíram na frente e já oferecem soluções robustas e seguras para enviar ou receber dinheiro do exterior usando o PIX. A seguir, apresentamos os principais provedores disponíveis atualmente, com destaque para os recursos, funcionalidades e diferenciais de cada um.


Wise (antiga TransferWise) – abrir conta, converter e enviar via PIX


A Wise é hoje a plataforma mais consolidada quando se fala em envio e recebimento de dinheiro do exterior com PIX. Regulada no Brasil pelo Banco Central e no exterior por instituições como a FCA (Reino Unido), a Wise oferece uma operação transparente, rápida e com baixíssimo custo.


Como funciona com PIX:

Você abre uma conta Wise gratuitamente (pelo app ou site);

Escolhe o país e moeda de origem (ou destino), informa o valor a ser enviado ou recebido;

A plataforma mostra o câmbio real do mercado (sem spread abusivo) e as taxas aplicadas;

Para envio ao Brasil, você seleciona a opção de pagamento via PIX;

O destinatário no Brasil recebe em reais, direto na conta bancária vinculada à chave PIX.


Vantagens:

Câmbio comercial (real) com spread muito baixo;

Operação rápida (geralmente em minutos);

Total transparência no custo final da transação;

Permite manter saldo em várias moedas;

Suporte em português.


Observação importante: o inverso também funciona — brasileiros podem enviar recursos para o exterior a partir de saldo em reais, com pagamento via PIX.


Mercado Pago – novas rotas de remessa usando PIX


O Mercado Pago expandiu sua atuação além do Brasil e passou a oferecer transferências internacionais com liquidação via PIX. A funcionalidade ainda está em fase de ampliação, mas já permite o recebimento de remessas de parceiros internacionais usando o PIX como meio final.


Exemplo prático:

Um usuário em outro país envia dólares pela plataforma parceira do Mercado Pago;

O destinatário no Brasil recebe em reais, com depósito imediato via PIX na conta Mercado Pago.


Vantagens:

Interface simples e familiar ao público brasileiro;

Conexão com o ecossistema do Mercado Livre;

Operação em parceria com serviços licenciados internacionalmente;

Baixos custos para o usuário final.


Ainda que o envio direto do Brasil para o exterior via Mercado Pago não esteja amplamente disponível, a empresa já explora rotas de entrada com integração PIX, especialmente focadas em recebimentos de valores menores (remessas pessoais, freelancers, etc.).


PayPal – integração com PIX para receber em conta brasileira


O PayPal, tradicional plataforma de pagamentos internacionais, também passou a explorar integrações com o PIX para facilitar o saque de valores em contas brasileiras. Embora o PayPal ainda não ofereça uma função nativa de envio via PIX, ele permite transferir valores recebidos para contas bancárias brasileiras com PIX ativo.


Como funciona:

Você recebe valores no exterior via PayPal (ex: venda de serviços, produtos, comissões);

Faz o saque da conta PayPal para uma conta bancária brasileira;

Caso sua conta bancária esteja vinculada a uma chave PIX, o valor pode cair instantaneamente via PIX.


Vantagens:

Amplamente aceito para receber pagamentos no exterior;

Possibilidade de converter saldo em dólar para real automaticamente;

Integração com bancos brasileiros permite liquidação via PIX.


Limitações:

A taxa de câmbio usada pelo PayPal costuma ser menos favorável que a da Wise;

Ainda não permite envio internacional direto via PIX, apenas o recebimento indireto.


Bancos tradicionais e fintechs nacionais que já oferecem solução internacional


Além das big techs e plataformas globais, alguns bancos e fintechs brasileiras já começaram a oferecer serviços de câmbio com envio e recebimento internacional integrados ao PIX.


Entre os destaques:

Banco BS2 – permite envio e recebimento de recursos do exterior via conta digital multimoeda, com opção de liquidação via PIX.


Banco Inter – conta global com cartão internacional e suporte a remessas internacionais, que podem ser liquidadas no Brasil com PIX.


C6 Bank – também oferece conta global e integração com PIX no Brasil, embora o processo ainda seja intermediado por câmbio tradicional.


Remessa Online – fintech brasileira especializada em transferências internacionais. Opera com envio via PIX para facilitar pagamentos em reais e disponibiliza recursos no exterior com taxas reduzidas e rapidez.


Vantagens dessas soluções nacionais:

Atendimento 100% em português;

Facilidade de integração com contas bancárias locais;

Algumas oferecem cartões internacionais para uso dos valores no exterior;

Liquidação em reais com PIX como método final de recebimento.


Essas soluções são ideais para pequenas empresas, profissionais liberais, estudantes e expatriados que precisam movimentar recursos com frequência entre o Brasil e outros países, sem depender da burocracia dos bancos tradicionais.



Como enviar dinheiro do exterior via PIX


Enviar dinheiro do exterior para o Brasil já foi um processo lento, caro e cheio de etapas burocráticas. Com a chegada do PIX Internacional, isso mudou. Agora, é possível fazer remessas internacionais com agilidade, custos reduzidos e liquidação instantânea em reais, direto na conta do destinatário no Brasil, via PIX.


Nesta seção, você vai entender como funciona esse processo, com um passo a passo prático, um exemplo real usando a Wise e dicas essenciais para economizar nas suas transações.


Passo a passo genérico: do envio à liquidação via PIX


Embora cada plataforma tenha suas particularidades, o fluxo de envio de dinheiro do exterior usando o PIX como meio de liquidação no Brasil segue um padrão simples:


Criação da conta em uma plataforma de remessas internacionais: Você precisa ter uma conta ativa em um serviço que permita enviar dinheiro do exterior para o Brasil (ex.: Wise, Remessa Online, PaySend, Western Union Digital, entre outros).


Inserção dos dados da transferência: Informe o valor a ser enviado, o país de origem e o Brasil como país de destino. Selecione “reais (BRL)” como moeda de destino.


Cadastro do destinatário no Brasil: Basta incluir a chave PIX da pessoa que vai receber (e-mail, telefone, CPF/CNPJ ou chave aleatória). Algumas plataformas pedem também nome completo e CPF do beneficiário.


Conversão da moeda e pagamento: O valor será convertido automaticamente para reais com base na taxa de câmbio do momento. Em seguida, você realiza o pagamento na moeda local (USD, EUR, GBP, etc.) via cartão, débito bancário ou transferência local.


Liquidação via PIX no Brasil: A plataforma faz a remessa, e o valor cai direto na conta bancária do destinatário em minutos, via PIX.


Esse processo dispensa o uso de bancos tradicionais, elimina intermediários e oferece total transparência sobre taxas e prazos.


Exemplo prático com a Wise


Vamos ver como esse processo funciona na prática com a Wise, uma das plataformas mais completas e confiáveis do mercado:


Acesse sua conta Wise (ou crie uma gratuitamente):Disponível via site ou aplicativo. O cadastro é rápido e requer apenas dados pessoais e um documento de identidade.


Clique em “Enviar dinheiro”: Selecione a moeda de origem (ex.: dólar americano) e o valor a ser transferido.


Escolha o Brasil como destino e “real brasileiro” como moeda: A plataforma exibirá o valor que o destinatário irá receber em reais, já com as taxas detalhadas.


Informe os dados do destinatário: Insira a chave PIX da pessoa no Brasil e confirme as informações.


Realize o pagamento: Você pode pagar com cartão de débito/crédito, transferência bancária local (nos EUA, por exemplo, via ACH) ou saldo na conta Wise.


Confirmação e envio via PIX: A Wise processa o câmbio e envia o valor via PIX para a conta do destinatário. Em geral, a transferência leva menos de 10 minutos para ser concluída.

Dica extra: você pode simular o valor exato antes de confirmar o envio, o que ajuda a garantir a melhor cotação e total transparência no custo.


Dicas para otimizar o câmbio e reduzir tarifas


Para aproveitar ao máximo o envio de dinheiro do exterior via PIX, aqui vão algumas dicas estratégicas:


Compare as plataformas:

Wise, Remessa Online e outras variam nas tarifas e no câmbio. Use simuladores e fique atento ao spread aplicado sobre a cotação.


Evite horários de pico:

Alguns serviços ajustam taxas conforme a demanda e volatilidade. Enviar durante o horário comercial, especialmente de segunda a quinta, costuma ser mais barato.


Use moedas fortes para envio:

Sempre que possível, envie a partir de contas em USD, EUR ou GBP, pois essas moedas têm câmbio mais competitivo para o real.


Evite cartões de crédito internacionais:

Eles geralmente aplicam IOF mais alto e têm cotações desfavoráveis. Prefira débito, transferência local ou saldo na própria plataforma.


Cadastre a chave PIX correta:

Erros na chave PIX podem atrasar ou impedir o recebimento. Sempre valide os dados antes de confirmar a transação.


Considere plataformas com conta multimoeda:

A Wise, por exemplo, permite que você mantenha saldo em várias moedas, o que pode ajudar a escolher o melhor momento para converter.




Como receber dinheiro do exterior via PIX


Receber dinheiro do exterior nunca foi tão simples para quem mora no Brasil. Com a integração de plataformas internacionais ao sistema de liquidação instantânea do PIX, já é possível receber transferências internacionais de forma rápida, segura e com menos burocracia.


Nesta seção, vamos mostrar como configurar a chave PIX corretamente, como funciona o fluxo de recebimento e exemplos práticos de brasileiros que já estão aproveitando essa inovação — de viajantes a expatriados.


Configuração de chave PIX para recepção internacional


O primeiro passo para receber dinheiro do exterior via PIX é garantir que sua conta bancária brasileira esteja vinculada a uma chave PIX válida. Essa chave funcionará como o endereço de recebimento da remessa.


Tipos de chaves PIX aceitas para transferências internacionais:

  • CPF ou CNPJ

  • E-mail

  • Número de celular (com DDD)

  • Chave aleatória (gerada pelo banco ou app de pagamentos)


Importante: Algumas plataformas internacionais, como a Wise ou a Remessa Online, solicitam o número do CPF e a chave PIX para processar a liquidação da remessa. Portanto, mantenha essas informações atualizadas e acessíveis.


Dica prática:Use chaves PIX mais fáceis de compartilhar com quem vai enviar — como e-mail ou CPF — pois facilitam o processo e reduzem erros.


Fluxo de recebimento em contas bancárias brasileiras


Vamos entender agora como funciona o processo de recebimento de uma remessa internacional via PIX na prática, passo a passo:


O remetente acessa uma plataforma internacional confiável, como Wise, PaySend, Western Union (Digital), Remessa Online, etc.


Ele preenche os dados da transferência, escolhendo o Brasil como destino e inserindo a sua chave PIX como identificador da conta de recebimento.


O valor enviado é convertido automaticamente para reais, utilizando o câmbio do momento (com ou sem spread, dependendo do serviço).


A plataforma envia o valor para o Brasil, utilizando um banco ou instituição autorizada que liquida o valor em reais.


O valor cai na sua conta bancária brasileira via PIX, geralmente em menos de 10 minutos após a conversão.


Esse processo é 100% legal e amparado pela regulamentação do Banco Central, desde que a instituição intermediadora esteja devidamente registrada no Brasil ou tenha parcerias locais.


Instituições intermediárias autorizadas:

  • Wise Brasil Pagamentos

  • BeeTech (parceira da Remessa Online)

  • MS Bank (parceiro do PaySend)

  • Banco BS2, Banco Inter e outras fintechs com permissão de câmbio


Exemplos reais: viajantes e expatriados


Veja abaixo situações comuns em que o recebimento via PIX do exterior tem feito diferença para brasileiros:


Viajantes no exterior enviando valores para familiares no Brasil

Exemplo:


Pedro vive na Alemanha, mas envia mensalmente €500 para a mãe no Brasil.Ele utiliza a Wise, escolhe o valor, insere o CPF da mãe como chave PIX e paga com débito SEPA.A mãe recebe o valor convertido em reais em poucos minutos, direto no banco Itaú, via PIX.


Brasileiros expatriados com salário em moeda estrangeira

Exemplo:


Ana trabalha nos EUA e tem uma conta Wise com saldo em dólares.Ela converte US$1.000 para BRL uma vez por mês e envia para sua conta brasileira no Nubank, usando a chave aleatória do PIX. A liquidação ocorre em minutos, com taxa cambial justa e sem depender de bancos americanos tradicionais.


Freelancers e profissionais autônomos recebendo pagamentos de clientes estrangeiros


Exemplo:

Lucas presta serviços de design para empresas na Europa. Recebe o pagamento em euros no PayPal e faz o saque para sua conta bancária no Brasil. O valor é creditado em reais, geralmente no mesmo dia, via PIX, sem burocracia.


Ao integrar plataformas modernas com o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o recebimento internacional via PIX se tornou acessível até para quem nunca fez uma remessa antes. E com cada vez mais serviços entrando nesse mercado, a tendência é de custos ainda menores e mais facilidades.



Custos, prazos e limites do PIX Internacional


Embora o PIX tradicional seja gratuito para pessoas físicas no Brasil, as transações internacionais via PIX envolvem diferentes estruturas de custo, prazos variados e limites regulatórios. Conhecer esses aspectos é crucial para avaliar se o PIX Internacional é vantajoso em cada caso — seja para envio pessoal, recebimento de salários ou transações empresariais.


Tarifas cobradas pelos provedores


Ao contrário do PIX doméstico, o uso do PIX como mecanismo de liquidação de transferências internacionais passa por intermediários autorizados, como fintechs e instituições de câmbio, que aplicam suas próprias taxas de serviço e câmbio.


Principais custos envolvidos


Spread cambial:

Diferença entre a taxa de câmbio comercial e a efetivamente aplicada. Pode variar de 0,3% a 2,5%, dependendo da plataforma.


Tarifa fixa por transação:

Algumas instituições cobram uma taxa de serviço que varia de R$ 5 a R$ 25, enquanto outras (como Wise) oferecem uma tarifa proporcional ao valor enviado.


IOF (Imposto sobre Operações Financeiras):

0,38% em transações entre contas de mesma titularidade (ex.: você enviando para sua própria conta no Brasil).


1,1% em transações para terceiros (ex.: enviando para parentes ou prestadores de serviço).

PJ pode ter alíquotas diferentes, dependendo da natureza da operação.


Dica prática: O custo total pode ser até 8x menor do que uma remessa tradicional via SWIFT, principalmente em plataformas que oferecem transparência cambial e IOF embutido no valor final.


Comparativo de prazos de liquidação


Um dos grandes atrativos do PIX Internacional é a agilidade. Embora o tempo total de uma remessa do exterior até a conta bancária brasileira possa variar, a fase final — a liquidação via PIX — é praticamente instantânea, uma vez que o valor já tenha sido convertido para reais.


Abaixo, você confere os tempos médios de liquidação nas principais plataformas, com base em experiências reais de usuários:


Wise (antiga TransferWise):

Após a conversão cambial, o valor cai via PIX em geralmente menos de 10 minutos. O tempo total da operação varia de 5 a 30 minutos, dependendo do método de pagamento (cartão, transferência bancária, etc.).


Remessa Online:

Depois da análise e confirmação do câmbio, a transferência via PIX costuma acontecer entre 15 minutos e 1 hora. O tempo pode aumentar caso a documentação precise ser validada.


PaySend:

Com integração PIX eficiente, a liquidação costuma ser quase imediata após o pagamento do remetente. Em média, a operação completa leva de 10 a 45 minutos.


Western Union Digital:

Essa opção pode ser um pouco mais lenta, com liquidações via PIX ocorrendo entre 30 minutos e 2 horas, especialmente quando envolve validações manuais ou pagamentos via boleto.


O que influencia no prazo total?


O horário em que a transação é feita (transferências fora do horário comercial ou em fins de semana podem demorar mais).

O tipo de pagamento usado pelo remetente (cartões costumam ser mais rápidos que transferências bancárias tradicionais).

A verificação de identidade, exigida em valores mais altos ou na primeira remessa.


O PIX continua sendo a parte mais rápida do processo. O tempo maior geralmente está na conversão de moeda e validação pelo provedor internacional. Por isso, quanto mais eficiente for a plataforma, mais rápido será o recebimento.


Limites diários e mensais para pessoas físicas e PJ


Embora o PIX doméstico permita valores altos, os limites no PIX Internacional são definidos pelas instituições que operam o câmbio, não pelo Banco Central. Esses limites variam conforme o nível de verificação do usuário, o tipo de conta (PF ou PJ) e a política de risco da plataforma.


Para Pessoas Físicas (PF):


Wise:

Limite por envio: até R$ 49.999,00

Limite mensal: flexível, pode aumentar com verificação adicional


Remessa Online:

Até R$ 65 mil por operação sem contrato de câmbio formal

Acima disso exige contrato personalizado (Cadastro Completo)


PaySend:

Em geral, até R$ 10 mil por dia, dependendo do país de origem


Para Pessoas Jurídicas (PJ):

Limites maiores, mas exigem contrato formal com a instituição de câmbio.

O envio ou recebimento deve estar vinculado a uma operação justificada (ex.: importação, pagamento de serviço, remessa de dividendos).


Atenção: Transações acima de certos valores (ex.: R$ 10 mil) podem gerar exigência de documentação adicional, como comprovantes de renda, contrato de prestação de serviços ou origem dos recursos, seguindo as normas do Banco Central e da Receita Federal.


O entendimento desses três pilares — custos, prazos e limites — permite ao usuário planejar melhor suas remessas e evitar erros comuns, como ultrapassar limites diários ou pagar tarifas desnecessárias por falta de comparação entre plataformas.



Cuidados e boas práticas


Apesar da facilidade e rapidez do PIX Internacional, é fundamental adotar boas práticas de segurança, controle documental e organização financeira. Isso garante que suas transferências não sejam bloqueadas, evita dores de cabeça com a Receita Federal e protege contra fraudes — um risco crescente em ambientes digitais.


Verificação de dados e prevenção a fraudes


Com o crescimento do uso do PIX para remessas internacionais, golpistas estão explorando brechas e falta de atenção dos usuários. Para evitar fraudes:


Sempre confira o nome e CPF/CNPJ do destinatário antes de confirmar o envio.

Ao usar plataformas como Wise, Remessa Online ou PaySend, verifique se está no site ou app oficial (cuidado com links falsos em redes sociais e e-mails).

Ative todas as camadas de segurança disponíveis, como autenticação em dois fatores (2FA) e notificações por e-mail/SMS



Dica prática:

Sempre que possível, inicie a transferência no próprio app da fintech ou banco, evitando clicar em links externos. A maioria dos golpes começa com um link falso.


Documentação e comprovação de origem de recursos


Mesmo em transferências pessoais, o envio ou recebimento de valores internacionais pode exigir comprovação de origem ou finalidade dos recursos, especialmente quando os valores ultrapassam limites mensais.


O que você precisa manter organizado:


Comprovantes de renda ou trabalho no exterior, se estiver recebendo como expatriado ou freelancer.


Recibos, faturas ou contratos, no caso de transações comerciais ou pagamento por serviços.


Comprovante da transação original, gerado pela plataforma (ex: recibo Wise ou Remessa Online).


Declaração de IRPF ou IRPJ atualizada, se solicitado em alguma auditoria ou análise de risco.


Além disso, valores recebidos regularmente do exterior devem ser declarados na Receita Federal, especialmente se forem rendimentos, pagamentos ou lucros. Há regras específicas no Carnê-Leão e na ficha de rendimentos recebidos do exterior.


Observação importante:

O descuido com a documentação pode gerar bloqueios temporários na conta, fiscalização e até autuação por sonegação. Organização é essencial.


Recomendações para pequenas empresas: automatização e conciliação


Para empreendedores que recebem pagamentos de clientes internacionais, vendem serviços ou prestam consultoria remota, o uso do PIX Internacional pode otimizar bastante a rotina financeira.


Mas atenção:

a informalidade pode prejudicar a escalabilidade e a credibilidade do negócio.

Boas práticas para pequenas empresas:


Use plataformas com integração contábil, como a Wise Business, que permite exportar relatórios detalhados.


Faça conciliação periódica dos recebimentos, associando cada PIX recebido ao cliente, nota fiscal ou projeto correspondente.


Automatize processos com ferramentas de gestão financeira e emissão de NFs (ex: Conta Azul, Omie, Nibo).


Mantenha um registro das conversões cambiais e da cotação aplicada em cada operação, isso pode ser essencial para contabilidade e planejamento tributário.


Além de evitar multas e inconsistências fiscais, essas práticas tornam sua empresa mais profissional, segura e preparada para crescer com clientes fora do Brasil.



Perspectivas futuras e próximas novidades do PIX Internacional


O PIX Internacional está apenas no começo de sua trajetória, mas a velocidade das inovações tecnológicas e o interesse crescente do mercado indicam que essa ferramenta será cada vez mais robusta, abrangente e integrada a soluções globais de pagamentos digitais. Vamos entender o que vem por aí.


Expansão geográfica esperada do PIX Internacional


Hoje, as transações internacionais via PIX dependem de parcerias com plataformas e bancos que operam em determinados países, limitando o alcance em algumas regiões. No entanto, o Banco Central do Brasil está empenhado em ampliar o escopo do PIX Internacional, permitindo que brasileiros e estrangeiros possam enviar e receber dinheiro de forma instantânea e segura em uma rede muito maior de países.


Espera-se que, nos próximos anos, o PIX se conecte a sistemas de pagamento instantâneo de outros continentes, como:


A Índia, por meio do sistema UPI (Unified Payments Interface);

A Europa, integrando-se aos sistemas de pagamento do Espaço Econômico Europeu;

Os Estados Unidos, com possíveis conexões ao FedNow, sistema de pagamentos instantâneos americano.


Essa expansão geográfica trará mais facilidade e competitividade para quem precisa movimentar recursos entre Brasil e o mundo.


Integração com stablecoins e CBDCs (Moedas Digitais de Bancos Centrais)


Outro avanço revolucionário esperado é a integração do PIX Internacional com moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) e stablecoins lastreadas em moedas fiduciárias.


Essas tecnologias prometem:

Tornar as transações internacionais ainda mais rápidas, transparentes e com custos reduzidos.


Facilitar a liquidação imediata sem intermediários, garantindo segurança e rastreabilidade.


Ampliar o acesso ao sistema financeiro para pessoas e empresas que hoje enfrentam dificuldades com bancos tradicionais.


O Banco Central do Brasil já realiza testes com o Real Digital (Drex), a moeda digital brasileira, que poderá funcionar em conjunto com o PIX para pagamentos internacionais instantâneos e seguros.


Iniciativas do Banco Central e fintechs


O Banco Central, além de expandir o alcance do PIX Internacional, vem implementando ações para garantir segurança, interoperabilidade e inovação constante:


Criação de regulamentações específicas para operações internacionais via PIX, facilitando o compliance e reduzindo burocracias.


Incentivo à adoção de padrões internacionais de segurança e identidade digital, que protejam usuários contra fraudes.


Apoio a fintechs que criam soluções híbridas, integrando PIX com câmbio automático e serviços financeiros globais.


Por outro lado, fintechs como Wise, Mercado Pago e PayPal têm investido em ampliar suas capacidades de integração com o PIX, oferecendo serviços cada vez mais completos, simples e baratos.


prepare-se para uma nova era das finanças globais


A forma como brasileiros lidam com dinheiro no exterior está mudando. O que antes dependia de agências bancárias, códigos SWIFT e dias de espera, agora pode ser feito em minutos com apenas uma chave PIX e um celular na mão.


Com cada vez mais provedores oferecendo soluções rápidas, seguras e baratas, e com o apoio crescente do Banco Central, o PIX Internacional tende a se tornar o novo padrão para transferências globais de pequeno e médio porte.


O futuro do PIX Internacional


Em resumo, o PIX Internacional caminha para se tornar uma peça-chave no ecossistema global de pagamentos digitais, combinando velocidade, segurança e baixo custo com uma experiência simples para usuários no Brasil e no exterior.


Quem domina hoje as ferramentas e entende as tendências estará pronto para aproveitar todas as oportunidades que essa revolução financeira traz — seja para uso pessoal, negócios ou investimentos.


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